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Acompanhada pela solidão




Era meia noite em ponto. Sentei na minha cama e comecei a refletir sobre meu dia, realmente não tinha acontecido nada, eu ficava pensando : "Quando é que vai acontecer algo de bom em minha vida ?". Geralmente eu me perguntava muito isso, era estranho mais eu tinha medo da resposta, eu não me encaixava nos grupos, todos acham minha ideias loucas e sem sentido, era tudo muito confuso, só queria voltar aos meus dez anos , alias dez anos não, aquele também foi uma época ruim, eu nunca fui de me encaixar em lugar nenhum, até mesmo na escola eu era a esquecida, a esquisita, sempre fazia os trabalhos sozinha e nunca me chamavam para as festas, na época eu me importava, todos os dias dormia chorando, mais agora, agora nada mudou continuo sendo a estranha paranormal, meus medos me impedem de me aproximar das pessoas, e não sei se isso é um defeito, talvez eu seja um conjunto defeitos, uma imperfeição, talvez esse seja o motivo de tanta distancia das pessoas, eu ia dormir chorando, hoje eu vou dormir pensando porque tudo isso. Eu não me encaixo em nada nesse mundo, minhas ideias são diferentes demais para a pouca imaginação das pessoas, ninguém concorda comigo e tudo que eu faço é um erro diante da sociedade.
Tirei meu casaco, e o joguei em cima de uma cadeira do outro lado  do quarto, já tinha uma pilha de casacos ali, mais eu nem me importava mesmo, nem me esquentei em trocar de roupa, deitei em minha cama  e fiquei olhando para o teto, do nada me deu uma nostalgia, queria voltar no tempo, e ao mesmo tempo não queria, era difícil, eu era complicada demais, tao complicada que nem eu mesmo me entendia. Saudades de casa, saudades de meus pais, toda minha vida no interior, só não posso dizer que tenho saudades de meus amigos, porque aqueles não era meus amigos, mais todo mundo tem amigos assim, amigos que na verdade não passam de inimigos fantasiados. Talvez eu estivesse ficando louca ou talvez não, já tinha 18 anos e não sabia porque ainda refletia sobre isso, era um sábado a noite, eu deveria estar em uma balada com as pessoas do cursinho, bebendo, dançando, beijando... Mais não eu estou aqui com a cara para o teto e com a cabeça embaixo de meu travesseiro, eu amava minha cama, ela me fazia refletir e me deixava confortável, desde que sai de casa ela era o único lugar em que eu me sentia confortável   e não deslocada, resolvi sair dela e fui até a janela, olhei para baixo e tinha um grupo de adolescentes andando, gritando e alguns mais para trás estavam ficando, não sabia o que pensar, não sabia o que querer, mas de uma coisa eu tinha certeza eu não queria ser um deles, eu não queria ser um mente vazia. Fui até a cozinha e peguei um copo de café, e um livro, voltei ao quarto e sentei novamente em minha cama, café me fazia bem, ou pelo menos eu achava que fazia. Deixei a xícara depois de tomar três goles, eu sempre enchia a xícara mais não tomava mais que dois dedos de café, peguei o livro e comecei a ler, esvaziei minha mente, não pensava em mais nada só na historia daquele livro de mistério. E aos poucos meus olhos foram fechando mesmo contra minha vontade, e foram fechando, fechando... ate o livro cair no chão.

3 comentários:

  1. gostei do teu layout e da ideia do nome do blog, haha!!!
    beijinhosssss

    noventinha.blogspot.com

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  2. oiii linda amei o blog seus post são bem legais
    tbm amei o layout do seu blog da uma passadinha lah no meu e de sugestões para melhorar acabei de seguir seu blog!!!!
    bjsssss
    http://superlindaamakeup.blogspot.com.br/

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