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Sentimentos mais que revirados.



O relógio me acordou, maldito relógio sempre atrasado, era quase onze da manhã e eu teria que sair daqui dessa casa ás uma da tarde e ir direto á faculdade, levantei aos poucos como de costume e coloquei o pé no chão, no mesmo instante quis voltar ao conforto de minha cama, mais sabia que não poderia. Olhei para meu quarto aquilo realmente estava uma bagunça  mais não tinha tempo para nada, muito menos arrumar tudo aquilo, levantei e sai quase me arrastando do quarto, eu sempre levantava com preguiça, eu sempre vou dormir tarde, não, eu não saio a noite, é só insonia, insonia de saudades, insonia de agonia, insonia de sonhos sufocados, sufocados pelo medo, pelo medo de não conseguir, não conseguir conquista-los. Droga me queimei com a aguá do café, estava tao flutuante com meus pensamentos que me esqueci de tudo, até mesmo de que estava perto do fogo. E como doí uma queimadura só não doí mais que um coração partido.
Meu relógio despertou de novo, maldito relógio sempre atrasado, já era uma e meia da tarde e eu ainda nem tinha bebido todo o café da xícara, mais não tinha problema eu não ia para faculdade hoje, não mesmo, eu tinha que pensar, pensar na vida, e que vida dura. Olhei ao redor e me sentia tao vazia que me deu uma dor no peito, meu estomago revirou, meus braços caíram sobre a mesa, eu não sabia que sentimento era esse, uma especie de agonia com angustia e uma pintada de desanimo. Era ruim, mais não podia fazer nada, era sábado á tarde geralmente eu não gosto dos fins de semana, eles são chatos, não passa nada bom na TV, e que me sinto ainda mais sozinha, pareço maluca mais sempre na maioria das vezes eu me sinto sozinha, quando estou deitada na minha cama, ou até mesmo se acontece o milagre de eu ir á alguma festa. É tudo muito complicado dentro de mim, é tudo revirado. Eu não tenho namorado, minha família mora longe, eu não tenho amigos, e a faculdade não me aproximou de ninguém, alguns corajosos até tenta puxar assunto comigo, mais eu já criei um escudo de decepções o que não me permite me aproximar de ninguém, afinal essas pessoas sempre vão embora depois, e eu ? Elas não pensam em mim, elas se vão, e ponto, eu tento me recuperar mais demora e a cada decepção eu fico mais afastada, mais triste e mais pensativa. Meus pensamentos me torturam, eles me fazem pensar na menininha romântica e popular que um dia eu fui, não gosto de lembrar, mais eu era uma criança normal, todos gostavam de mim e eu gostava de todos, tinha muitas amigas, mais ao longo do tempo todas elas foram embora de minha vida, e hoje eu sou assim, um poço de decepções e abandonos. Meu café já tinha esfriado, eu olhei para a mesa, ela ainda estava nova, alias tudo ainda estava novo, menos meu coração. Eu sinto falta de quando morava com meus pais, tudo era mais simples, tudo.

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